domingo, 28 de outubro de 2012

Credo da Paz - Ralf Maxwell Lewis




Ralph Maxwell Lewis, F.R.C. (1904-1987) foi um famoso Rosacruz, escritor e místico; deu seqüência a obra do pai, Dr. Harvey Spencer Lewis, tendo sido o segundo Imperator da Ordem Rosacruz – AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis) para a Jurisdição Internacional deste segundo Ciclo Iníciático no Ocidente, de 1939 à à 1987. Na Fédération Universelle des Ordres et Sociétés Initiatiques, F.U.D.O.S.I., ele era conhecido com o nome místico de Sâr Validivar


Credo da Paz - Ralf Maxwell Lewis


Sou responsável pela guerra quando orgulhosamente faço uso da minha inteligência para prejudicar o meu semelhante; Sou responsável pela guerra quando menosprezo as opiniões alheias que diferem das minhas próprias; Sou responsável pela guerra quando desrespeito os direitos alheios; Sou responsável pela guerra quando cobiço aquilo que uma outra pessoa conseguiu honestamente; Sou responsável pela guerra quando abuso da minha superioridade de posição privando outros de sua oportunidade para progredir; Sou responsável pela guerra se considero apenas a mim próprio e a meus parentes pessoas privilegiadas; Sou responsável pela guerra quando me concedo direitos para monopolizar recursos naturais; Sou responsável pela guerra se acredito que outras pessoas devem pensar e viver da mesma maneira que eu; Sou responsável pela guerra quando penso que sucesso na vida depende exclusivamente do poder da fama e da riqueza; Sou responsável pela guerra quando penso que a mente das pessoas deve ser dominada pela força e não educada pela razão; Sou responsável pela guerra se acredito que o Deus de minha concepção é aquele em que os outros devem acreditar; Sou responsável pela guerra quando penso que o país em que nasce o indivíduo deve ser necessariamente o lugar onde ele tem de viver; 


Os verdadeiros preceitos da Paz não são legislados, porém formados nas aspirações pessoais e na conduta de milhões de indivíduos. A ignorância proporciona uma felicidade perigosa. A verdadeira Paz nasce do conhecimento que faz desaparecer o medo. Quando os homens perceberem finalmente sua dependência comum manifestar-se-á uma compreensão que transcenderá as barreiras de tempo e espaço, credo e raça.


Sou responsável pela paz se direciono correta e construtivamente os poderes da minha mente; Sou responsável pela paz se concedo ao meu semelhante o direito pleno de se expressar, de acordo com o seu próprio entendimento das verdades da vida; Sou responsável pela paz se reconheço que os meus direitos cessam quando iniciam os direitos dos outros, e aceito isso com um mínimo
indispensável de disciplina; Sou responsável pela paz se faço uso dos meus poderes interiores para criar minhas próprias oportunidades; Sou responsável pela paz se consigo promover a evolução dos que me cercam, sem considerar a minha posição ameaçada, e entendo que esta é a minha maior fonte de sucesso; Sou responsável pela paz se compreendo que as Leis Cósmicas diferem das leis criadas pelo Homem, e que nenhum direito divino especial é concedido a alguém unicamente por seu berço; Sou responsável pela paz se reconheço que os recursos naturais devem servir indistintamente a todas as formas de vida, e que não me cabem direitos exclusivos sobre eles; Sou responsável pela paz se compreendo que nada é mais livre do que o pensamento, e que o pensamento construtivo transforma o Homem direcionando-o para a sua verdadeira meta; Sou responsável pela paz quando sinto que toda felicidade depende do simples fato de existir... de estar de bem com a vida; Sou responsável pela paz se percebo que todo ser humano poderá vir a ser um grato amigo, quando convencido pela argumentação sincera; Sou responsável pela paz se considero que a Alma de Deus adquire personalidade no Homem, e que este só pode conceber Deus a partir de sua própria percepção da Divindade; Sou responsável pela paz se reconheço a mim e ao meu semelhante como partes integrantes do Universo, e que a cada um cabe a busca do lugar onde melhor possa servir; 

Se estou em paz, eu promovo a paz dos que me cercam. Por sua vez, eles promovem a paz daqueles que estão à sua volta e que também farão o mesmo. Então, a paz começa por mim! E sem ela não pode haver a necessária transformação social.


Paz Profunda

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

FRÉDERIC-RODOLPHE SALZMANN SALZMANN




Nasceu em Saint-Marie-aux-Mines, Alsácia, conselheiro da legação da Saxônia ducal, preceptor do barão de Stein (o futuro ministro prussiano) em 1774, é um jurista de pro¬fissão e passa quase toda sua vida em Estrasburgo, onde se consagrou ao estudo dos teósofos. Salzmann adquire a livraria acadêmica de Estrasburgo, convertendo-se assim em editor-li¬vreiro, o que lhe assegura uma relativa tranqüilidade, momentaneamente interrompida pela tormenta da revolução. Amigo de Oberlin, de Juan de Turckheim, de Jacob Lenz, de H.L. Wagner, místicos e teósofos conhecidos de Goethe, com quem funda uma revista, "Der Bur¬gerfreund".

Durante anos, e até o fim de seus dias, foi amigo devoto de Willermoz. Com Juan de Turckheim, seu compatriota estrasburguês, Salzmann organiza o sistema dos C.B.C.S.(Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa), tomando parte ativa no convento de Wi¬lhelmsbad (1782), e será para sempre na Alsácia, o representante autorizado dos Grandes Pro¬fessos. 
Se lhe verá atuar como intermediário entre Willermoz e os príncipes alemães Charles de Hesse-Cassel e Fernando de Brunswick.

Em 1788 conhece Saint-Martin em Estrasburgo, onde o Filósofo Desconhecido passa um dos períodos mais felizes de sua vida em companhia dos místicos alsacianos, dos que Salzmann e Madame de Bocklin formam parte.

Sem dúvida, se deve a Salzmann, como certamente sucedeu com Madame de Bocklin, que Saint-Martin se tenha interessado pela filosofia de Jacob Boehme, Salzmann se inspira no pensamento do sapateiro de Goerlitz, porém o faz também com o de Engelbrecht, Oetinger, Bengel, Hann. Se corresponde com Jung-Stilling, Lavater, Georg Muller, Moulinié, Saint-Martin, o bispo Grégoire, Oberlin, Friedrich von Meyer, Gotthilf Heinrich von Schube¬ert, Emil von Darmstadt, Madame de Krudener, Nuscheler e outros escritores e teóso¬fos.

Sua obra inicial, "Tudo se renovará, aparece em sete partes, desde 1802 a 1810, contendo numerosos extratos de leituras teosóficas e notas pessoais. Se encontram páginas de Ruysbroeck, Tersteegen, Catherine de Sienne, Antoinette Bourignon, Madame Guyon, Jane Lead, Swedenborg, Browley, autores que Salzmann faz conhecer aos leitores da Alsácia, Ale¬manha do Norte e Suíça.
Neste trabalho, Salzmann expõe interessantes idéias sobre o estado da alma depois da morte e acerca da ressurreição.

Antes de ressuscitar temos de atravessar um estado transitório, prévio ao passo definitivo ao céu ou ao inferno; Salzmann trata de fazer desta maneira aceitável aos protestan¬tes a teoria católica do purgatório. 

É autor de quinze volumes, entre os que se encontram também: "Acerca dos últimos tempos" (1805), crítica de uma obra de Kelber; "Miradas sobre os mistérios das inten¬ções de Deus em relação a Humanidade "(1810).

Salzmann apresenta uma cosmogonia de caráter nitidamente martinista: A rebe¬lião dos anjos foi a origem de um caos, com que Deus fez uma maravilhosa morada para que servisse de habitação ao homem.
A desordem dos elementos é a conseqüência da queda de Adão.
Salzmann profetiza em mais de uma ocasião o fim dos tempos.

Se lhe tem confundido muitas vezes com seu primo Johann Daniel Salzmann, secretario de uma comissão municipal (Actuarius) e comensal habitual na casa de Goethe, Jung-Stilling e Herder por volta de 1771.

Este amigo de Goethe morreu em 1812, e o amigo de Saint-Martin faleceu em 1821.
* Sobre Salzmann consultar: "Lettres choisies" (de Salzmann), traduzidas do alemão para o francês por M.E.C. e precedidas de um estudo sobre o misticismo, París, Ed. Chacornac, 1906;

Anne-Louise Salomon, F.R. Salzmann, París, Berger-Levrault, 1932, e também a obra de René Le Forestier, La Franc-Maçonnerie occultiste au XVIII siécle et LÓrdre des Elus-Cohen, París, Dorbon, 1928;

La Franc-Maçonnerie occultiste et Templiére aux XVIII et XIX siécles, París, Aubier-Nauwelaerts, 1970, publicado por A. Faivre.

Texto extraído de: http://ombrasil.blogspot.com.br