sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Lenda de Kuan Yin, bodhisattwa da Compaixão


Segundo a tradição, Kuan Yin teria encarnado como a terceira filha de Miao Chuang Wang, identificado como sendo da dinastia Chou, governante de um reino do norte da China, por volta do ano 696 a.C.
De acordo com a lenda, ela se determinara a seguir uma vida religiosa, tendo se recusado a casar, apesar das ordens do seu pai, e das súplicas dos seus amigos. Ela sai de casa e se refugia num convento.

Kuan Yin: uma vida de provações
Por ordens do seu pai, foi submetida às mais árduas tarefas, e, de forma alguma, enfraqueceram o seu amor por Deus.
Enraivecido pela sua devoção, seu pai ordenou que fosse executada. Porém, espada foi quebrada em mil pedaços quando a tocou. Seu pai então ordenou que fosse asfixiada, mas quando a sua alma deixou o seu corpo, e desceu até o inferno, transformou-o num paraíso.
Neste momento, ela parou para ouvir os lamentos do mundo e decidiu retornar.
Transportada numa flor-de-lótus até a Ilha de P’ootoo, próxima a Nimpo, aí viveu durante nove anos, curando os enfermos, e salvando marinheiros do naufrágio.

A origem dos mil braços e mil olhos de Kuan Yin
Certa vez, quando soube que seu pai estava muito doente, cortou um pedaço da carne dos seus braços, e usou-a como um remédio que lhe salvou a vida.
Em gratidão, ele ordenou que uma estátua fosse erguida em sua honra, comissionando ao artista que a representasse com ‘olhos e braços completamente formados’.
Entretanto, o artista compreendeu mal, e até hoje Kuan Yin algumas vezes aparece representada com ‘mil braços e mil olhos’, sendo capaz, dessa forma, de olhar e cuidar de todo o seu povo.

Kuan Yin e sua missão de salvar o mundo do sofrimento
Kuan Yin fez o voto do bodhisattwa de trabalhar junto às evoluções deste planeta e diz que “enquanto houver uma única alma sofrendo na Terra, ela estará presente”.

A grande lição de Kuan Yin
Antes de sair de casa, para se refugiar no convento, Kuan Yin disse às suas irmãs:
“Riquezas e glória são como a chuva na primavera, ou o orvalho pela manhã; duram apenas pouco tempo, e logo passam”.
Reis e imperadores pensam em desfrutar até o final da boa fortuna que os coloca em um nível separado dos demais seres humanos; mas a enfermidade os faz descansar em seus caixões, e tudo acaba. Onde estão agora todas as poderosas dinastias que estabeleceram a lei do mundo?
Com relação a mim, desejo nada mais do que um retiro pacífico em uma montanha isolada, na tentativa de atingir a perfeição. Se algum dia conseguir alcançar um grau elevado de bondade, então, carregada nas nuvens do céu, viajarei por todo o universo, passando do Oriente ao Ocidente num piscar de olhos.
Resgatarei meu pai e minha mãe, e os levarei ao céu; salvarei os miseráveis e afligidos na Terra; converterei os espíritos que praticam o mal, e os farei praticar o bem. Essa é minha única ambição.”

Fonte de pesquisa: Kuan Yin, a Deusa dos Milagres, Angela Jabor, Ascend Editora.
Texto extraído de: Anima Mundhy

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