quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Lamaísmo



O budismo tibetano, também chamado de budismo vajrayana ou lamaísmo, emorega práticas de meditação na forma de elaborados rituais, com leitura de saddhanas (textos litúrgicos), visualizações e instrumentos musicais. Possui uma forte tradição nas artes, com elaboradas pinturas e esculturas, e também em ordens monásticas, com ênfase no relacionamento entre alunos e lamas.
Pertence à vertente maaiana do budismo, e apesar de não se organizar como uma instituição, tem sua representação maior na figura do Dalai Lama.
As principais escolas são nyingma, kagyu, gelug (escola na qual pertence o Dalai Lama) e sakya.
O termo "lamaísmo" provém do tibetano Lama, que significa "mestre" ou "superior", e que designa, geralmente, os monges tibetanos, em especial os hierarquicamente superiores.
Esta denominação foi dada ao budismo tibetano pelos estudiosos europeus, principalmente, que se utilizaram deste termo para distingui-lo do budismo indiano e permitir que fosse dada ênfase ao seu caráter mágico. Segundo alguns outros autores, contudo, tal emprego da palavra é impróprio, pois tem a intenção de estabelecer distinções entre as duas correntes que, na verdade, não existem.
O lamaísmo apresenta um duplo aspecto, assim como a maior parte das religiões orientais: o doutrinal e o popular.
A doutrina lamaica", que se distingue do hinaiana (hinayana, "pequeno veículo"), tem como base filosófica a manutenção e o desenvolvimento da tradição do mahaiana (mahayana, "grande veículo") que não tem um caráter de pura magia. Entretanto, o culto popular, em função da influência da religião Bon, mais antiga e nativa, apresenta várias divindades e uma conotação acentuadamente mágica.
Essa doutrina, em síntese, é bem menos conhecida que suas manifestações populares. Em razão disso, alguns estudiosos erroneamente exageram em seu aspecto mágico, estendendo-o também à prática monástica.
Atualmente, a tradição mahaiana ou, mais precisamente, a vajrayana (tantrismo ou "Veículo do Diamante") seguida no Tibete, é a melhor fonte conhecida para se estudar (indiretamente) o budismo indiano, que foi praticamente erradicado de onde se originou, na Índia setentrional, alguns séculos após sua disseminação pelo Tibete.

Texto extraído de: http://pt.wikipedia.org

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