quinta-feira, 24 de março de 2011

A Religião Maia

O poder da natureza

A selva imprimiu por completo a percepção da realidade. Os maias acreditavam que uma energia biocósmica atravessava as pessoas, os animais, as plantas e os seres inanimados, imprimindo neles a sua razão de ser.
Selva maia
Quanto maior fosse a carga de energia, maior era a categoria e a importância de cada ser vivo, coisa, ou entidade. Os maias acreditavam que o gasto descomunal dos deuses era reposto com o sangue humano dos sacrifícios.
A crença no poder de combustível do sangue mostra deuses vulneráveis. E ao contrário, destacava o papel dos homens para manter o universo.
Os maias representavam a superfície da terra como as costas de caimão, ou como uma tartaruga marinha que sustentava a paina, uma árvore gigante sobre a qual o céu se apoiava. Sob sua sombra descansavam os sacerdotes, os guerreiros mortos em combate, e as mulheres falecidas no parto. O céu era associado à imagem da serpente de duas cabeças, imagem da dualidade da vida e da morte.
Mas além da terra e do céu, os maias davam mais atenção ao subsolo ou inframundo. Esta era a moradia dos mortos e dos deuses, além de fonte da vida e do milho, componente fundamental de sua alimentação.
O Xibalbá, o País dos Mortos, era um reflexo do mundo terreno. Eles construíam as pirâmides como representação do interior da terra.
Centralizada no subsolo, a noção maia do Outro Mundo abraçava uma dimensão mais complexa, um universo paralelo ao dos seres vivos, que incluía o céu, a superfície terrestre, a profundidade do oceano e a espessura da floresta.
O Outro Mundo, segundo acreditavam, resguardava os segredos do cosmos e do transcurso do tempo, os mistérios da vida e o destino dos seres humanos.

Os deuses maia

Os pesquisadores da religião maia enfrentam fortes polêmicas. A informação disponível não permite individualizar com precisão os distintos deuses do Período Clássico, suas origens, e suas funções. A cerâmica policroma relata mitos cosmogonicos e descreve o mundo subterrâneo. As imagens dos deuses se confundem com as cenas de adoração aos governantes.
Esculturas de deuses maia
Não obstante, nos templos de Uaxactún e Palenque é possível reconhecer representantes e esculturas do deus Kinich Ahau ou Kukulkán, Ixchel, Chac e Kauil.
Destacam-se Itzmaná, inventor da escrita, senhor dos céus, dia e noite; Hunab-Ku era irrepresentável e intocável, dele vinham todas as coisas materiais.
Vários deles eram antepassados divinizados. O próprio Kukulkán havia encabeçado os toltecas do Vale Central do México que se estabeleceram em Mayapán no final do século X.
O panteão maia se identificava com o cosmos e os objetos celestes. Kukulkán ou Kinich Ahau havia sido uma espécie de deus do sol, como o Ra dos egípcios. Seu nome significa: “Deus do rosto do sol”.
A influência do Teotihuacán foi muito importante, a ponto de muitas das entidades do norte serem incorporadas pelos maias. Quetzalcoalt, a “Serpente Emplumada”, foi assimilado com Kukulkán, reforçando a identidade entre deuses e governantes.
Os deuses combinavam formas humanas, animais, vegetais e astrais. O deus Jaguar era o senhor da noite estrelada, reinando sobre o céu, a terra e as trevas do inframundo.
As representações de Chac, o deus da chuva, o raio, o trovão e o vento, uniam a representação destes fenômenos com os pontos cardeais. Acompanhados de rãs que a anunciavam, Chac era uma divindade muito importante para os camponeses, e costumava se multiplicar esvaziando abóboras para produzir a chuva, enquanto atirava machados de pedra.
Ah Mun era o deus do milho, na batalha permanente com Ah Puch, o deus da morte. Também se relacionava com o inframundo Ek Chuah, um deus da guerra que aparece vestido de negro, divindade dos comerciantes e do cacau.
O panteão maia era bastante numeroso, com divindades altamente especializadas: Ixtab, deusa dos suicídios que era representada com uma corda no pescoço; IxChel, deusa do arco-íris, medicina, adivinhação e maternidade; Ah Chicum Ek, o deus benevolente da estrela polar; e Buluc Chabtan, deus guerreiro dos sacrifícios humanos entre outros.

Profecias e adivinhações

Para conhecer o destino dos defuntos no Além, suas opiniões, seus prognósticos e seus anseios em relação aos vivos, os maias desenvolveram a técnica da necromancia.
Imagem referente a uma profecia
Os reis maias acreditavam que se comunicavam com seus ancestrais ao se verem na superfície polida dos espelhos mágicos de obsidiana, consumindo drogas alucinógenas, ingressando nas covas ou nos templos-montanha.
Na língua maia, “profecia” e “lei” se escrevem com a mesma palavra, mostrando a concepção regular e circular que tinham do transcurso do tempo.
Assim como os astecas, os maias pensavam que as profecias se cumpriam. Por isso, toda tentativa de fugir da sorte estava destinada ao fracasso. O livro sagrado de Chilam Balam diz: “Estas coisas serão compridas. Ninguém poderá detê-las”.
Apesar de se tratar de um relato das invasões toltecas, a tradição considera que Ah Xupan Nauat, um profeta maia do século XI havia antecipado a chegada dos espanhóis a Yucatán, fato histórico que aconteceu quinhentos anos depois.
Formuladas de maneira retrospectiva, os maias faziam o possível para cumpri-las. Aquele que conhecia a profecia era considerado o favorito dos deuses, o mestre da interpretação, o dono absoluto do poder.
Ao constatar essa idéia, o filósofo, lingüista e historiador Tzvetan Todorov explicou que a vida social dos maias se caracterizava pela regularidade absoluta: “a palavra chave da sociedade mesoamericana é ordem”, escreveu Todorov.

Cosmologia e o poder político

De modo parecido a outras sociedades antigas, a forma como percebiam o universo nos dá uma radiografia da estrutura de poder, as funções dos governantes, as divisões territoriais, a ordem das cidades, e os aparatos administrativos.
Nebulosa MZ3
Os reis tinham caráter divino e trabalhavam como sumos sacerdotes. Eles fixavam a doutrina e estabeleciam os procedimentos rituais. Os membros de suas linhagens também desempenhavam tarefas religiosas.
O rei estava diretamente relacionado com os deuses, era considerado um deles. Quanto mais o governante fosse sagrado e o culto fastuoso, mais a sociedade se sentia segura e integrada. De acordo com as crenças, os reis eram potências geradoras de vida.
Governar para os maias significava administrar corretamente a ordem do cosmos, a sociedade e a natureza. Isso explica o poder absoluto dos reis, a partir da posse dos segredos do mundo dos mortos.
Universo
Os ancestrais fundadores de linhagens eram associados a seres sobrenaturais, denominados wayob. Os arqueólogos identificaram imagens destes seres nas peças de cerâmica. Para os maias, os espíritos dos wayob viviam nas construções gigantescas das principais cidades.

Os rituais

Os relatos mais minuciosos sobre os ritos de sangue maia provêm do Período Pós-Clássico. Entre eles, a cena da extração do coração de um guerreiro para oferecê-lo aos deuses.
Os jovens guerreiros pertencentes às elites inimigas eram as presas mais cobiçadas. No caso de capturar um governante, ou um chefe principal, a vítima era reservada para ser decapitada durante uma cerimônia especial.
Por outro lado, quanto mais distante fosse o povo de um cativo, geográfica ou culturalmente, mais os maias o depreciavam para o sacrifício. Segundo Todorov, as vítimas preferidas deviam ser simultaneamente, estrangeiras e próximas.
Os métodos de sacrifício eram diversos. Durante o Período Clássico foi posto em prática o esquartejamento, realizado em ocasiões durante o jogo de bola.
O Templo dos Jaguares e dos Guerreiros em Chichén Itzá foram âmbitos privilegiados para a prática dos sacrifícios humanos.
Os cronistas espanhóis descrevem o equipamento dos sacerdotes: resina de copal para utilizar incenso, pintura negra e facas de sacrifício.
Segundo o pensamento maia, os ritos eram imprescindíveis para garantir o funcionamento do universo, os acontecimentos do tempo, a passagem das estações, o crescimento do milho, e a vida dos seres humanos. Os sacrifícios eram necessários para assegurar a existência dos deuses, repondo seu consumo periódico de bioenergia.

Por Fenrir

sexta-feira, 18 de março de 2011

Mabon




Mabon (pronuncia-se Mêibon) é também conhecido como Equinócio de Outono ou Lar da Colheita ou Festival da Segunda Colheita. Dia sagrado no paganismo, em especial na religião Wicca. Celebrado no dia do equinócio de outono, que corresponde a aproximadamente dia 20 de março no hemisfério Sul e no dia 22 de setembro no hemisfério Norte (as datas dos equinócios podem apresentar uma variação de até 3 dias de acordo com o ano).

Simbolismo
Esse sabbat (Sabá no Brasil), que ocorre entre o Primeiro festival da colheita (Lughnasadh) e o Ano novo pagão (Samhain), marca o início do outono, dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado. É uma época de equilíbrio, onde o dia e a noite têm a mesma duração.
Este é o dia de ação de graças do paganismo. Data onde os pagãos honram o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.
O nome Mabon veio de um deus Celtas (também conhecido como Angus), o Deus do Amor. Esta é a ocasião ideal para pedirmos por todos aqueles que amamos, além de todos os que estão doentes ou velhos.

Costumes e tradições
É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas.
Também é costume retirar um tempo para dar uma atenção à sua casa, como consertar objetos estragados, restabelecer os estoques ou simplesmente fazer uma faxina. É comum em algumas tradições realizar uma bênção na casa no dia de Mabon.
As noites já começaram a ficar mais longas, desde o Solstício de Verão; aproxima-se a época da partida do Deus para a Terra do Verão, deixando a sua própria semente no ventre da Deusa, de onde renascerá (mantendo o eterno ciclo do nascer-morrer-renascer).

Correspondências
Em cada um dos oito sabbats da Roda do Ano na religião Wicca existem correspondências específicas para a composição dos rituais baseadas nos simbolismos de cada época.
Plantas e frutos: Flores de acácia, benjoim, madressilva, malmequer, mirra, folhas e cascas de carvalho.
Comidas típicas: Maçãs, nozes, castanhas, amêndoas, milho, amoras pretas, jabuticabas, cravo, além de pães, tortas e outros pratos feitos a partir dos frutos da estação.
Bebidas típicas: Vinhos, cervejas, sidras, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação (em especial a maçã).
Incensos: cravo, patchouli, mirra, maçã, benjoim e sálvia.
Cores: marrom, verde, laranja e amarela. (Cores outonais no geral).
Pedras: cornalina, lápis-lázuli, safira e ágata amarela.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Max Heindel




Max Heindel, nascido Carl Louis Fredrik Graßhoff (Aarhus, Dinamarca - Oceanside, Califórnia), 23 de Julho de 1865 — 6 de Janeiro de 1919, foi um ocultista, astrólogo e místico cristão dinamarquês de origem alemã, radicado nos Estados Unidos. Entre os estudantes dos seus ensinamentos é reconhecido como o maior místico do século XX no ocidente.

Infância
Max Heindel nasceu na família da real dos Von Grasshofs, que estavam ligados à Corte Germânica durante a vida do Princípe Bismark. O seu pai, François L. von Grasshoff, emigrou, ainda em jovem, para Copenhague, Dinamarca, onde casou com uma mulher da nobreza dinamarquesa. Tiveram dois filhos e uma filha. O mais velho destes filhos era Carl Louis von Grasshof, que viria mais tarde a adoptar o nome "Max Heindel", quando de sua imigração para os Estados Unidos. O seu pai faleceu quando Max Heindel tinha seis anos de idade, deixando a mãe com três filhos pequenos e em circunstâncias muito difíceis. A sua infância foi vivida numa pobreza remediada,sendo que a sua mãe fazia um grande sacrifício para que o pequeno rendimento que tinha chegasse para proporcionar tutores privados aos seus filhos e sua filha. Era sua intenção dar-lhes uma educação apropriada para que estes pudessem, um dia mais tarde, ocupar o seu lugar por direito de nascença como membros da nobreza.

Experiência de vida
Aos dezesseis anos, recusando um futuro que se previa entre a classe da nobreza, deixou a casa materna para entrar nos estaleiros navais de Glasgow, na Escócia, e aí aprender a profissão de engenharia. Cedo foi escolhido para Engenheiro Chefe de um navio comercial, posição que o levou a viagens por todo o mundo e lhe proporcionou uma grande conhecimento acerca do mundo e dos seus povos. Posteriormente, durante alguns anos foi Engenheiro Chefe de um dos maiores navios a vapor de passageiros da Cunard Line, que fazia a travessia entre a América e a Europa. De 1895 a 1901 tornou-se engenheiro consultor em Nova Iorque, embora não tivesse êxito, e durante este tempo teve um casamento efêmero, que terminaria com a morte de sua esposa, em 1905. Deste casamento nasceram um filho e duas filhas.
Max Heindel mudou-se para Los Angeles, Califórnia, em 1903, para procurar trabalho. Entretanto, devido ao sofrimento durante a sua dura infância, que inclusive lhe trouxe problemas de saúde que nunca ficaram sarados, e a acontecimentos infelizes na sua vida recente, começou nesta altura a crescer em seu íntimo a necessidade de compreender as causas dos sofrimentos da humanidade. Nesta fase de sua vida interessou-se pelo estudo da metafísica e, após ter presenciado um conjunto de palestras pelo teosofista C.W. Leadbeater, juntou-se à Sociedade Teosófica de Los Angeles, da qual foi vice-presidente em 1904 e 1905. Tornou-se também vegetariano e iniciou o estudo da astrologia, tendo descoberto nela a chave com a qual conseguia desvendar os mistérios na natureza interna do homem. Nesta altura conheceu Augusta Foss que se interessava também por linhas similares de pesquisa e pela astrologia; ela viria a ser a sua futura esposa. Contudo, a sobrecarga de trabalho neste período e privações por que passava trouxeram-lhe um problema cardíaco severo que durante meses o colocou entre a vida e a morte. Após a recuperação verificou que se encontrava mais sensível do que nunca às necessidades da humanidade. Diz-se que durante este período em que se encontrava internado, terá passado a maior parte do tempo fora do corpo, procurando e trabalhando conscientemente nos planos invisíveis.
De 1906 a 1907 começou, por iniciativa própria, um conjunto de conferências para divulgar o seu conhecimento do oculto. Estas conferências inciaram-se primeiro em São Francisco e depois na parte norte dos Estados Unidos da América em Seattle. Após uma série de conferências nesta última cidade, foi novamente forçado a passar algum tempo no hospital com novo problema cardíaco. Mesmo assim, quando ainda em recuperação, continuou o seu trabalho de conferências na parte noroeste do país.

Iniciado Rosacruz
No Outono de 1907, durante um período de conferências de bastante sucesso, viajou para a Berlim, Alemanha com a sua amiga Alma von Brandis, que durante vários meses o tentava persuadir para assistir a um ciclo de conferências de um professor do oculto chamado Rudolf Steiner. Durante a sua estadia na Alemanha, Heindel nutriu uma grande estima pela personalidade deste conferencista, conforme mais tarde o expressa numa dedicatória da sua obra magna, mas simultaneamente entendeu que este professor tinha pouco para lhe oferecer. Foi então, já decidido em sua mente a retornar e desiludido por haver parado o trabalho de sucesso que se encontrava a desenvolver na América para poder fazer esta viagem, que Heindel reporta haver sido visitado por um Ser Espiritual (envolvido no corpo vital).
Este suposto Ser identifica-se posteriormente como um Irmão Maior da Ordem Rosacruz. Conforme Heindel posteriormente menciona, este Irmão Maior facultou-lhe informação concisa e lógica que estava para além do que ele seria capaz de escrever. Mais tarde soube que durante a visita anterior ele foi colocado, sem o disso ter noção, perante um teste para determinar o seu mérito para ser mensageiro dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Ele conta que apenas após este teste lhe terá sido dada instrução de como alcançar o Templo etérico da Rosa Cruz, na Baviera, próximo à fronteira com a Boémia, e neste Templo Max Heindel teria estado em comunicação directa e sob instrução pessoal dos Irmãos Maiores da Ordem Rosa Cruz. A Ordem Rosacruz é descrita como sendo composta por doze Imãos Maiores, reunidos em torno de um décimo terceiro que é a Cabeça invísivel da Ordem. Estes grandes Adeptos, pertencentes à evolução humana mas havendo avançado muito para além do ciclo do renascimento, são descritos como pertencedo ao conjunto de exaltados Seres que guiam a evolução da humanidade, os Seres Compassivos.

Obra magna
Heindel voltou à América no verão de 1908 onde de imediato iniciou a formulação dos Ensinamentos Rosacruzes, que, segundo ele, havia recebido dos Irmãos Maiores, tendo-os publicados em um livro intitulado Conceito Rosacruz do Cosmos em 1909. É uma obra de referência na prática do Cristianismo místico e na literatura de estudo do ocultismo, contendo os fundamentos do Cristianismo esotérico numa perspectiva Rosacruz. O Conceito contém um esboço detalhado dos processos de evolução do homem e do universo, correlacionando ciência com religião.

Escola esotérica
De 1909 a 1919, sofrendo de um grave problema de coração e com uma situação financeira adversa, diz-se que Max Heindel conseguiu realizar a grande obra para os Irmãos da Rosa Cruz, com o auxílio, apoio e inspiração de Augusta Foss, a quem se juntou em casamento em 1910. Deu palestras de muito sucesso sobre os ensinamentos rosacruzes e enviou lições de correspondência para os estudantes, que entretanto haviam formado grupos de estudo em várias cidades, escreveu volumes (que se encontram traduzidos para muitas línguas pelo mundo) e fundou a Fraternidade Rosacruz em 1909/1911 em 'Mount Ecclesia' Mount Ecclesia, Oceanside (California); publicou a revista Cristã esotérica Rays from the Rose Cross em 1913 e, acima de tudo, lançou o Serviço de Cura Espiritual da Fraternidade.
Por último, é digno de menção que o trabalho preparado por Max Heindel, tem sido, desde então, continuado pelos estudantes dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que, como Auxiliares Invisíveis da humanidade, assistem os Irmãos Maiores da Ordem da Rosa Cruz a realizar a Cura Espiritual por todo o mundo. Este é referido com o trabalho especial na qual a Ordem Rosacruz está interessada e é providenciado de acordo com os comandos de Cristo, nomeadamente, "Pregai o evangelho e curai os doentes".

Escritos de ocultismo
  • Conceito Rosacruz do Cosmos, Novembro de 1909,
  • Astrodiagnose
  • Astrologia Científica Simplificada
  • Cartas aos Estudantes
  • Colectâneas de um Místico
  • Como Conheceremos Cristo Quando Ele Voltar?
  • Corpo de Desejos (O)
  • Corpo Vital (O)
  • Cristianismo Rosacruz
  • Ensinamentos de um Iniciado
  • Espíritos e as Forças da Natureza (Os)
  • Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas
  • Iniciação Antiga e Moderna
  • Interpretação Mística da Páscoa
  • Interpretação Mística do Natal
  • Maçonaria e Catolicismo
  • Mensagem das Estrelas (A)
  • Mistérios da Grandes Óperas (Os)
  • Mistérios Rosacruzes (Os)
  • Princípios Ocultos de Saúde e Cura
  • Princípios Rosacruzes para a Educação Infantil
  • Teia (ou Véu) do Destino (A
  • H.P. Blavatsky e a Doutrina Secreta. Introdução de Manly P. Hall

quinta-feira, 10 de março de 2011

O FESTIVAL DE ANO NOVO NO ANTIGO EGITO




1. Imagem demonstrando as “cheias” do rio Nilo. Possivelmente próximo de como os egípcios as observavam na antiguidade.


Diversas civilizações e culturas que possuem calendários anuais comemoram a passagem de um ano para outro. Trata-se de um evento em que se celebra o fim de um ano em proveito do próximo, inaugurando um novo ciclo. Para os antigos egípcios não foi diferente. Há mais de 5 mil anos, já festejavam, a seu modo, o Ano Novo.

A crença no deus Rá (divindade solar) orientava a vida dos antigos habitantes da terra dos faraós e, embora a jornada diária desta divindade representasse a sucessão dos dias e das noites, a contagem do tempo estava definida pelos ciclos anuais do Rio Nilo.
O conhecimento da natureza levou-os a formularem um calendário anual de três estações: quando o rio começava dar os primeiros indícios das inundações, inaugurava-se a estação chamada akhet. Terminada esta fase, as águas retrocediam e as terras reapareciam, ocorrendo a semeadura conhecida como peret. Por fim, na estação shemu ocorriam as colheitas, logo após as espigas amarelarem. Deste modo, o ano era medido pelo tempo necessário da duração total de uma colheita.

2. Cena que representa a segunda estação do ano para os egípcios – peret – período de semear a terra.

Contudo, por mais regular que fosse o evento anual da inundação do Nilo, era difícil os egípcios marcarem com exatidão, sempre na mesma data, o fim de uma e o início de outra estação. Para isso, os criadores dos calendários na Antiguidade se guiavam pela observação astronômica. A estrela Sirius anunciava o início de um novo ano, aparecendo no leste instantes antes do sol nascer. Como o aparecimento deste astro coincidia com o início das inundações do Rio Nilo, foi associada às lágrimas da deusa Ísis que no mito religioso egípcio chorava pela morte de seu marido Osíris.



A presença da estrela Sirius, juntamente com os sinais das cheias do Nilo eram símbolos que marcavam o primeiro dia do Novo Ano, e deveria ser comemorado, pois ali se iniciava o período de uma nova colheita. Além disso, devido à relação da estrela com a deusa Ísis, essas comemorações também eram dedicadas à divindade.


3. Cena que representa a última estação segundo o calendário egípcio antigo – shemu – momento de colher cereais como o trigo e a cevada
Nesta festividade, todos os egípcios deveriam levar oferendas para agradar os diversos deuses. Em especial, esta era uma missão dos sacerdotes, que arrecadavam provisões e presentes para dedicar nos templos. Além das comemorações à deusa Ísis, também celebravam o deus Rá, pois após o desaparecimento da estrela Sirius, era o sol que anunciava o primeiro dia do Ano Novo para os antigos egípcios. De acordo com as inscrições antigas que trazem a mensagem de Ano Novo pode ser lido: Ra upet nefer renepet.k (“É Rá que abre este belo dia de ano Novo pra ti.”).



4. Imagem de Rá – o deus solar representado na sua forma antropozoomórfica, com corpo humano e a cabeça de um falcão coroado pelo disco solar. A festividade de Ano Novo também era dedicada a ele, pois era o responsável pelos dias e pelas noites.


De acordo com os habitantes da terra dos faraós, o Museu Egípcio e Rosacruz deseja a todos um excelente Festival de Ano Novo, com muita saúde, paz e prosperidade no ano que está por vir.

5. Vaso do Ano Novo. Vasos como esse estavam presentes nas festividades de Ano Novo. Eram preenchidos com a água do rio e possuíam inscrições com votos de prosperidade para o novo ciclo que iniciava.



Fonte: Montet, Pierre. O Egito no tempo de Ramsés. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Igreja Ortodoxa Etiope




Igreja Ortodoxa da Etiópia:Um número de rastas é membro da Igreja Ortodoxa Etíope. Instituída na Jamaica em 1969, essa igreja tem filiais em Nova Iorque, Jerusalém e Sudão. É uma das mais históricas e ancestrais igrejas cristãs. Representando a glória e história da Etiópia ancestral, o que atrai muitos rastas. Eles acreditam que nenhuma outra nação tem uma sólida fundação nas Escrituras Sagradas como a Etiópia. Essa Bíblia contém a totalidade do Velho e do Novo Testamento, da forma que nenhum outro livro encontra essa totalidade, existente apenas nesse texto. A Igreja Ortodoxa da Etiópia trata com carinho outras leituras, incluindo o Kebre Negast (Glória dos Reis), o livro que traça a linhagem de Haile Selassie, de Salomão e Sabá. A Arca da Aliança contendo os Dez Mandamentos originais, afirmam estar também na Igreja Ortoxa da Etiópia, em Addis Ababa. A Igreja Ortodoxa Etíope não enfatiza a divindade de Haile Selassie, especialmente desde sua morte em 1975. Para eles, ele foi um Cristão servo de Deus. Todavia, chamar realmente essa igreja de rastafari é certamente duvidoso. A Igreja Ortodoxa da Etiópia é fundamentada no cristianismo ortodoxo, compartilhando de todo o ritual e grandiosidade associados a essa tradição. Embora muitos rastas tenham se arrebanhado na igreja quando ela inicialmente se estabeleceu na Jamaica, desde então muitos deles se afastaram, acreditando ser demasiado cristão e peculiar a muitas crenças rastas, para eles.
 
 Congregação Nacional Etíope:
 
Outro grupo é a Congregação Nacional Etíope do Príncipe Edward Emmanual. Localizada nas montanhas de St. Thomas, esse acampamento tende a ser uma comunidade auto-suficiente. O grupo existe desde o início do movimento rastafari e foi viver no local no fim da década de 60. O Príncipe é a cabeça da hierarquia, alegando ser um sacerdote da Ordem de Melchizedek. Ele é venerado de uma extremidade à outra, com Selassie e Marcus Garvey. Abaixo dessa árvore (e da esposa do Príncipe), tem um número de sacerdotes, apóstolos e profetas. Os membros vestem turbantes e mantos para os trabalhos e cultos. Muitos não possuem dreadlocks. Eles aderem a um estrito código moral e compartilham muitas regras e regulamentos. Ao lado de rituais de reza e devoção, de acordo com Leonard Barret, “práticas muito surpreendentes podem ser observadas neste grupo... sacrifício é uma prática ritual, lavar os pés dos santos e orar por exaustão, também”. A escassez de mulheres nessa comunidade é evidente. Esse grupo tem uma grande consciência racial. São negros supremacistas e não acreditam que brancos podem entrar nos portões de Sião. Pessoas de fora têm me dito que o Príncipe Edward Emmanual parece ser venerado acima e além de Selassie e Marcus Garvey.
 
Texto e Imagem pesquisa Google

quarta-feira, 2 de março de 2011

FILTRO DOS SONHOS


Os videntes nativo–americanos ensinam que a Grande Aranha, teceu a Teia do Universo para relacionar todas as coisas. (Enquanto teço este texto, reflito que o mundo todo está ligado por uma "WEB" = teia em inglês). Para eles, a Aranha ao mesmo tempo é Avó e Criadora que cria novas energias dentro da existência. Ela tem a "Medicina da Criação". Num dos mitos da Criação, conta-se que no inicio do mundo só havia escuridão, os povos andavam às cegas, e viviam se colidindo, uns com os outros. A vovó aranha que trouxe o sol e o fogo aos índios e ensinou-lhes também a arte de fazer a cerâmica.

Conta uma velha lenda dos nativos norte-americanos, que um velho índio ao fazer uma Busca da Visão no topo de uma montanha, lhe apareceu IKTOMI, a aranha, e comunicou-se em linguagem sagrada. A Aranha pegou um aro de cipó e começou a tecer uma teia com cabelo de cavalo e as oferendas recebidas Enquanto tecia, o espírito da Aranha falou sobre os ciclos da vida, do nascimento á morte e das boas e más forças que atuam sobre nós em cada uma dessas fases. Ela dizia : "Se você trabalhar com forças boas, será guiado na direção certa e entrará em harmonia com a natureza. Do contrário, irá para direção que causará dor e infortúnios".
No final a Aranha devolveu ao velho índio o aro de cipó com uma teia no centro dizendo-lhe:
"No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Use-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas idéias, sonhos e visões. Eles vem de um lugar chamado Espírito do Mundo que se ocupa do ar da noite com sonhos bons e ruins. A teia quando pendurada se move livremente e consegue pegar sonhos, quando eles ainda estão no ar. Os bons sonhos sabem o caminho e deslizam suavemente pelas penas até alcançar quem está dormindo. Já os ruins ficam presos no círculo até o nascer do sol, e desaparecem com a primeira luz do novo dia"
Esse círculo é conhecido como "dreamcatcher" (apanhador de sonhos). Aqui no Brasil é chamado de Filtro dos Sonhos ou Coletor de Sonhos.
Trata-se de um instrumento de poder para assegurar bons sonhos para aqueles que dormem debaixo dele, e também para trazer visões.
Geralmente são colocados onde a luz bate pela manhã, em frente a janela.


Os nativos nos ensinam que os sonhos passam pelo furo no centro e os maus sonhos ficam presos na teia e se dissipam à luz do amanhecer. Você poderá colocá-lo no seu quarto, escritório, ou até no berço ou carrinho do bebê. Os nativos ensinam que os bebês ao verem a pena balançar com o vento, se entretêm e aprendem a importância do ar. Ele é feito na forma de um círculo, tradicionalmente com galhos de Salgueiro. É feita uma rede na forma de uma teia de aranha com uma abertura ao centro. Tem muitas lendas de origem, de acordo com cada tribo e também diferentes formas de tecer.
É uma mandala. Segundo Jung, a mandala se encontra na própria alma humana, aparecendo nos sonhos e em diversas imagens criadas pelo nosso inconsciente. O Circulo
Representa, o Círculo da Vida. As rodas, ou círculos, representam a totalidade. O círculo é o símbolo do Sol, do Céu e da Eternidade. No simbolismo ancestral o círculo é o símbolo do espaço infinito, sem começo e sem fim.Qualquer que seja a representação simbólica em qualquer era e em qualquer cultura, um Círculo de Poder, serve como um espelho, onde podemos ver o reflexo do Universo e o Grande Tudo, que contém a totalidade, trabalhando para o entendimento dos mistérios da vida, do cosmos, e das leis naturais. A Teia e a Pena
Os fios da teia, que são ligados ao círculo, podem ser tecidos em 7 pontos (7 profecias) 8 pontos (8 pernas da aranha = oito direções sagradas ), 13 pontos (13 Luas), variando de acordo com cada tradição e intenção.
Pode ser colocada uma pena no centro, simbolizando a respiração, o elemento ar, e em alguns são colocados uma pedra/cristal. Tudo o que é colocado possui um significado.O Centro da Teia
Corresponde ao Grande Mistério, o Criador, a Força que abrange o Universo inteiro.
Coloque seu filtro de forma ritualística. Isso é o que diferencia um adorno de um instrumento de poder. Purifique antes o ambiente, o próprio filtro, e coloque sua intenção. Faça sua própria cerimônia. Peça proteção para o lar, família, pensamentos.

Atualmente muitas lojas vendem filtro dos sonhos, alguns industrializados com penas coloridas, espelhinhos. Particularmente, prefiro algo mais tradicional, mais rústico, feito artesanalmente com cipós colhidos, com preces e orações. Você poderá comprar em lojas ou aprender a fazer numa oficina de confecção (acho mais interessante !) No xamanismo evoca-se a essência espiritual da aranha para compreender melhor a "teia da vida", para evocar a criatividade e a imaginação. Inspira a visão e o poder para trazer nossos sonhos até a realidade. Para se obter independência e coragem, para rompermos com armadilhas que criamos, sejam emocionais ou espirituais. Para rompermos a teia da ilusão, construirmos novos sonhos, para sonharmos mais, para tecermos nossa própria vida.


Bons Sonhos ! 

Vide COMO FAZER PASSO A PASSO UM FILTRO DOS SONHOS NO LINK: http://www.docstoc.com/docs/29667506/Filtro-dos-Sonhos---Como-Fazer...