segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Os Druidas e o Agárico




A colheita do agárico desempenhava um papel primordial entre os druidas, especialistas da magia vegetal. Plínio nos transmite o testemunho mais antigo.
“Os druidas [...] não tem nada de mais sagrado que o agárico e a árvore na qual esse cogumelo cresce, contanto que esta seja um carvalho. O fato é que pensam que tudo que cresce nos carvalhos é de origem celeste e sinal que a árvore foi escolhida pelo próprio Deus. É raro encontrar o agárico nessas condições e, quando é encontrado, é colhido com grande cerimonial religioso, no sexto dia da lua. [...] Escolhem esse dia porque a lua já possui uma força considerável, sem estar, no entanto, na metade de seu curso. Denominam o agárico com um termo que significa “aquele que cura tudo”. Depois de ter preparado ritualmente um sacrifício e um festim sob a árvore, conduzem dois touros brancos, cujos chifres estão amarrados. Vestido com uma túnica branca, o sacerdote sobe na árvore, com uma foicinha de ouro corta o agárico que é depositado num tecido branco. Imolam então as vítimas, rogando à divindade que torne esse sacrifício proveitoso para aqueles por quem é oferecido. Acreditam que o agárico, tomado como bebida, concede a fecundidade aos animais estéreis e constitui um remédio contra todos os venenos.”

Plínio, o Velho, História natural, livro XVI.
Extraído do livro: Sociedades Secretas- Larousse

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