segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Papa João Paulo II (Karol Wojtyla)





Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de 1920 em Vadovice na Polônia. Karol foi apelidado de Lolek pela mãe quando criança.
Aos 21 anos já havia perdido toda sua família, sua mãe morrera em 1929, seu irmão mais velho, Edmund por quem nutria grande admiração e que estudava medicina, faleceu alguns anos depois vitima de uma epidemia num hospital. Perdeu o pai em 1941 durante um rigoroso inverno na Polônia.
Antes de virar padre em novembro de 1946, Karol foi ator e roteirista na cidade de Cracóvia, trabalhou como britador em uma pedreira.
Em 1942 começou a estudar teologia na Universidade Jaguelloniana onde teve que viver escondido, junto com outros seminaristas que foram acolhidos pelo cardeal de Cracóvia.
No dia 1º de novembro de 1946 foi ordenado padre no Seminário Maior de Cracóvia. Realizou sua primeira missa na Cripta de São Leonardo na Catedral de Wavel. Doze anos depois, em 1958 foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia. Participou ativamente do Concílio Vaticano II principalmente para elaborar a Constituição Dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium e a Constituição conciliar Gaudium et Spes.
Quando o Bispo de Cracóvia morreu em 1964, Dom Wojtyla o substituiu e dois anos depois o Papa Paulo VI converte Cracovia em Arquidiocese, e em 1967 foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Com o morte do Papa em 1978, participou do conclave que elegeu o Cardeal Albino Luciani, o “Papa Sorriso”, que morreu 33 dias após sua eleição. E em 16 de outubro de 1978 Karol Wojtyla é eleito como o sucessor de São Pedro, quebrando a tradição de mais de 400 anos de escolher Papas de origem italiana. Em 22 de outubro de 1978 foi investido como Sumo Pontífice e assumiu o nome de João Paulo II e prometeu que levaria a religião aos quatro cantos do mundo.
João Paulo II visitou 123 paises , chegando a ir, em 25 de janeiro de 1998, em Havana, capital de Cuba, onde passou 5 dias a convite do Presidente Fidel Castro. Ele também esteve no Brasil por 3 vazes, em 1980, 1991 e 1997.
No dia 13 de maio de 1981 o Papa sofre um atentado em plena praça de São Pedro. Ele foi atingido por 3 balas disparada por um fanático turco chamado Mehmet Ali Agca. Recuperado do atentado o Papa vai até a prisão, onde o criminoso estava preso, e o perdoa.
A partir do iniciou da década de 90 a saúde do Papa começa a declinar Em 1992, fez uma cirurgia para remover um tumor no cólon; em 1993, deslocou o ombro; em 1994, caiu e fraturou o fêmur; e, em 1996, teve seu apêndice retirado e o Mal de Parkinson debilitaram sua saúde. Em 2005 o Papa já não consegue mais falar direito, passa mal no final de março e morre às 16:37h (horário de Brasília) do dia 02 de abril de 2005. Segundo seu secretário e agora Cardeal de Varsóvia, Dom Stanislaw Dziwisz, suas últimas palavras foram: “Deixei-me ir para a casa do Pai”

Texto de: Alvaro Ribeiro

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tales de Mileto





Tales de Mileto (em grego Θαλής ο Μιλήσιος) foi o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia. Ele é o marco inicial da filosofia ocidental. De ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 624 ou 625 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C..
Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o fundador da Escola Jônica. Considerava a água como sendo a origem de todas as coisas, e seus seguidores, embora discordassem quanto à “substância primordial” (que constituía a essência do universo), concordavam com ele no que dizia respeito à existência de um “princípio único" para essa natureza primordial.
Entre os principais discípulos de Tales de Mileto merecem destaque: Anaxímenes que dizia ser o "ar" a substância primária; e Anaximandro, para quem os mundos eram infinitos em sua perpétua inter-relação.
No Naturalismo esboçou o que podemos citar como os primeiros passos do pensamento Teórico evolucionista: "O mundo evoluiu da água por processos naturais", aproximadamente 2460 anos antes de Charles Darwin. Sendo seguido por Empédocles de Agrigento na mesma linha de pensamento evolutivo: "Sobrevive aquele que está melhor capacitado".
Tales foi o primeiro a explicar o eclipse solar, ao verificar que a Lua é iluminada por esse astro. Segundo Heródoto, ele teria previsto um eclipse solar em 585 a.C. Segundo Aristóteles, tal feito marca o momento em que começa a filosofia. Os astrônomos modernos calculam que esse eclipse se apresentou em 28 de Maio do ano mencionado por Heródoto.
Se Tales aparece como o iniciador da filosofia, é porque seu esforço em buscar o princípio único da explicação do mundo não só constituiu o ideal da filosofia como também forneceu impulso para o próprio desenvolvimento dela.
A tendência do filósofo em buscar a verdade da vida na natureza o levou também a algumas experiências com magnetismo que naquele tempo só existiam como curiosa atração por objetos de ferro por um tipo de rocha meteórica achado na cidade de Magnésia, de onde o nome deriva.
A Cosmologia
Os fenícios – através de sua mitologia – consideravam os elementos da Natureza (o Sol, a Terra, o Céu, o Oceano, as Montanhas,etc.) como forças autônomas, honrando-os como deuses, elevados pela fantasia a seres ativos, móveis, conscientes e dotados de sentimentos, vontades e desejos. Estes deuses constituíam-se na fonte e na essência de todas as coisas do universo.
Tales foi um dos primeiros pensadores a alterar esses conceitos observando mais atentamente os fenômenos da natureza. A Phisis. O ponto de partida da teoria especulativa de Tales – como também de todos os demais filósofos da escola Jônica – foi a verificação da permanente transformação das coisas umas nas outras e sua intuição básica é de que todas as coisas são uma só coisa fundamental, ou um só princípio (arché).
Dos escritos de Tales, nenhum deles sobreviveu até nossos dias. Suas ideias filosóficas são conhecidas graças aos trabalhos de doxógrafos como Diógenes Laércio, Simplício e principalmente Aristóteles.
Em sua obra – Metafísica, Aristóteles nos conta: “Tales diz que o princípio de todas as coisas é a água, sendo talvez levado a formar essa opinião por ter observado que o alimento de todas as coisas é úmido e que o próprio calor é gerado e alimentado pela umidade. Ora, aquilo de que se originam todas as coisas é o princípio delas. Daí lhe veio essa opinião, e também a de que as sementes de todas as coisas são naturalmente úmidas e de ter origem na água a natureza das coisas úmidas”.
Em seu livro – Da Alma, Aristóteles escreve: “E afirmam alguns que ela (a alma) está misturada com o todo. É por isso que, talvez, Tales pensou que todas as coisas estão cheias de deuses. Parece também que Tales, pelo que se conta, supôs que a alma é algo que se move, se é que disse que a pedra (ímã) tem alma, porque move o ferro”.
Esse esforço investigativo de Tales no sentido de descobrir uma unidade, que seria a causa de todas as coisas, representa uma mudança de comportamento na atitude do homem perante o cosmos, pois abandona as explicações religiosas até então vigentes e busca, através da razão e da observação, um novo sentido para o universo. Quando Tales disse que todas as coisas estão cheias de deuses, ou que o magnetismo se deve à existência de “almas” dentro de certos minerais, ele não estava invocando as palavras Deus e Alma, no sentido religioso como as conhecemos atualmente, mas sim adivinhando intuitivamente a presença de fenômenos naturais inerentes à própria matéria.
Embora suas conclusões cosmológicas estivessem erradas podemos dizer que a Filosofia começou então com Tales, que ao estabelecer a proposição de que a água é o absoluto, provoca como conseqüência o primeiro distanciamento entre o pensamento racional e as percepções sensíveis.
A vida dos antigos pensadores gregos é freqüentemente conhecida apenas de maneira incompleta. Realmente, os primeiros biógrafos não achavam correto divulgar fatos menos importantes concernentes à personalidade dos sábios. Eles julgavam as descobertas destes homens mais que suficientes para que fossem considerados como seres bastante superiores aos comuns mortais. E, como tais, deveriam ter uma imagem semelhante à dos deuses, sendo desprezados os fatos mais corriqueiros de sua vida. Na política constou que Tales de Mileto defendeu a federação das cidades Jônicas da região do Mar Egeu

Contos


  • Plutarco disse que Tales certa vez olhando para o céu, tropeçou e caiu, sendo repreendido por alguém como lunático: analisava o tempo para descobrir se haveria uma seca, o que o fez ganhar muito dinheiro. Outros dizem que tendo caido, desapareceu num buraco.
  • Usando seu conhecimento astronômico e meteorológico (provavelmente herdado dos babilônios), Tales previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de antecedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite tiveram que pagar a ele pelo uso das prensas, o que o levou a ganhar uma grande fortuna com esse negócio.
  • Quando perguntaram a Tales o que era difícil, ele respondeu: “Conhecer a si próprio”. Quando lhe perguntaram o que era fácil, ele respondeu: “Dar conselhos”.
Interpretação Nietzscheana
  • "A Filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário determo-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida (estado latente, prestes a se transformar), está contido o pensamento: “Tudo é Um”. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e o mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego". (Friedrich Nietzsche, in A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos)
Descobertas geométricas
Os fatos geométricos cuja descoberta é atribuída a Tales são:
  • A demonstração de que os ângulos da base dos triângulos isósceles são iguais;
  • A demonstração do seguinte teorema: se dois triângulos tem dois ângulos e um lado respectivamente iguais, então são iguais;
  • A demonstração de que todo diâmetro divide um círculo em duas partes iguais;
  • A demonstração de que ao unir-se qualquer ponto de uma circunferência aos extremos de um diâmetro AB obtém-se um triângulo retângulo em C. Provavelmente, para demonstrar este teorema, Tales usou também o fato de que a soma dos ângulos de um triângulo é igual a dois ângulos retos;
Tales chamou a atenção de seus conterrâneos para o fato de que se duas retas se cortam, então os ângulos opostos pelo vértice são iguais.

Extraído de: Wikipédia

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Xeique Sufista e Franco-Maçom




O Emir Abd El-Kader (1808-1883) é conhecido por sua resistência heróica à conquista francesa da Argélia. Poucos sabem que foi um grande místico, ao mesmo tempo membro de várias confrarias sufistas e franco-maçom. Muito jovem ainda, foi iniciado na Qadiriya, da qual seu pai era um xeique. Mais tarde, ele se filia também à Naqshabandiya e a Shadhiliya. Muçulmano fervoroso, em 1852 declara a jihad contra os colonizadores franceses e se torna um guia político e religioso da jovem nação argelina. Entretanto, depois de sua rendição em 1847, começa uma segunda vida marcada pelo aprofundamento de sua busca espiritual. Parte para o exílio em Damasco, onde funda uma escola mística inspirada nos preceitos de Ibn AL-Arabi, o grande gnóstico andaluz na passagem do século XII ao XIII, cuja morada, aliás, ocupa. É ainda em Damasco que, por intermédio de um amigo libanês, se aproxima da franco-maçonaria francesa. E foi por ocasião de uma viagem a Alexandria, em 1864, que é iniciado na loja maçônica As Pirâmides. Se, ao que parece, nunca levou uma vida maçônica muito ativa, tempos depois, contudo, declarará que se trata da “mais admirável instituição do mundo”, capaz de unir Ocidente e Oriente. Ministrando ensinamentos do sufismo, considerado como um santo por seus discípulos, termina seus dias na capital síria e é enterrado ao lado de Ibn AL-Arabi, seu inspirador, antes que seus despojos mortais sejam repatriados em 1966.Ainda hoje, seu retrato figura em local de destaque nas lojas do Grande Oriente da França, em Paris, onde, em sua época, foi considerado como um traço de união entre as duas margens do Mediterrâneo.

Extraído de Sociedades Secretas- Larousse

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

São Sebastião




São Sebastião (França, 256 d.C. — 286 d.C.) originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).
De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal - a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.
Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: Historicamente o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece um pouco precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é vista, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.
O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval - surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); de resto, três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.
Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

Fonte: Wikipédia

domingo, 16 de janeiro de 2011

Os cálculos de Quéops




De todas as pirâmides, a de Quéops, construída no século XXVII antes de Cristo no planalto de Gizé, é a que mais fascina e intriga, desde a Antiguidade, por suas majestosas dimensões.
Em nossos dias, há quem veja nela mais que um túmulo gigante e defendem a idéia  de que se trate de uma obra hermética. Essa tese surgiu quando da escavação do edifício, nos inícios do século XIX: dois britânicos, o editor John Taylor e o astrônomo Charles Piazzi Smith, se entregaram a cálculos a partir dos dados da pirâmide. Segundo os dois, a pirâmide teria sido construída pelo calculo do signo e do número dourado evocado séculos mais tarde por Pitágoras. Além disso, suas quatro faces estão perfeitamente orientadas para os quatro pontos cardeais e seu corredor principal coincide com o ângulo exato que a Terra forma com a estrela Polar. Nada mais era preciso para que toda espécie de mentes julguem desvendar no monumento o testamento esotérico de astrônomos e geômetras egípcios. Sabemos hoje que estes dominavam suficientemente os cálculos matemáticos e que sua construção não deve ter recorrido a qualquer força superior que a tivesse inspirado. Nada impede pensar numa espécie de auge da arquitetura iniciática ou num túmulo destinado a glorificar um rei-deus. O debate continua em aberto.

Extraído do livro: Sociedades Secretas, Larousse

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os Lupercos




E à margem dos cultos orientais existem sociedades secretas puramente romanas que remontam aos tempos mais antigos da capital. É o caso da misteriosa confraria dos lupercos. Cada ano, seus membros, oriundos de duas respeitáveis famílias patrícias, os Quinctilii e os Fabii, se reúnem no dia 15 de fevereiro para celebrar as lupercais, um rito de fecundidade. As cerimônias começam diante de uma gruta, a “boca do inferno”, situada ao pé do monte Palatino. Esse local, considerado como a fronteira entre o mundo dos vivos e o dos mortos, teriam abrigado a loba que amamentou os fundadores de Roma, Rômulo e Remo. Os lupercos começam por sacrificar cabras, tiram-lhe o couro, com o qual se cobrem. Depois percorrem as ruas da cidade para purificá-la. Ao passar, flagelam os habitantes, em particular as mulheres que desejam ter um filho no decorrer do ano. Muito mais não sabemos a respeito dessa fraternidade, mais os romanos em geral a consideravam arcaica e selvagem. Entretanto, ela resistiu à cristianização e permaneceu ativa até o século VI de nossa era.

Extraído do livro Sociedades Secretas, Larousse