sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Fé Bahá'í





A Fé Bahá'í é a mais jovem das religiõs mundiais independentes. O seu fundador, Bahá'u'lláh (1817-1892), é considerado pelos bahá'ís como o mais recente na linha dos Mensageiros de Deus, que remonta aos primórdios da história e da qual fazem parte Abraão, Moisés, Buda, Zoroastro, Cristo e Maomé. 
O tema central da mensagem de Bahá'u'lláh é o conceito de que a humanidade representa uma única raça e que é chegado o dia de sua unificação em uma única sociedade global. Deus, declarou Bahá'u'lláh, pôs em marcha forças históricas que estão rompendo as barreiras tradicionais de raça, classe, credo e nação e que irão, no devido tempo, dar à luz uma civilazação universal. O principal desafio que se coloca aos povos do mundo é aceitar a realidade da unidade do gênero humano e auxiliar os processos de sua unificação.
Um dos propósitos da Fé Bahá'í é contribuir para que isto se torne realidade. Uma comunidade mundial formada por cerca de 5 milhões de bahá'ís, representando a maioria das nações, raças e culturas da Terra, está trabalhando para conferir aos ensinamentos de Bahá'u'lláh um resultado prático. A experiência desta comunidade é uma fonte de encorajamento para todos aqueles que compartilham de sua visão, segundo a qual a humanidade é uma única família global e o planeta, a sua terra natal. 

A Origem Histórica

Para os bahá'ís,o processo evolutivo é uma característica essencial a todas as manifestação de vida, incluindo as revelaçõesde Deus. A série de estágios através dos quais a sua própria Fé gradualmente se desenvolveu, estabelecendo-se em todo o mundo, é, em si, uma expressão deste princípio. 
O crescimento da Fé Bahá'í tem sido marcado, também, por uma segunda característica -- uma característica que também marcou o período formativo da história de cada uma das religiões mundiais anteriores. As implicações de um novo estágio no desdobramento da vontade de Deus são indesejáveis a segmentos influentes da sociedade existente. O resultado tem sido, freqüentemente, uma perseguição severa aos seguidores da nova fé. Durante o seu primeiro século e meio de vida, a Fé Bahá'í passou por vários períodos de semelhante opressão.

O Báb (1819-1850)

No dia 23 de maio de 1844, em Shiráz, na Pérsia, um jovem conhecido como o Báb anunciou o iminente aparecimento do Mensageiro de Deus aguardado por todos os povos do mundo. O título Báb significa
"a Porta". Embora Ele próprio fosse o portador de uma revelação independente, procedente de Deus, o Báb declarou que a Sua missão era preparar a humanidade para este advento. 
Uma imediata e selvagem perseguição se seguiu a este anúncio, instigada pelo influente clero muçulmano. O Báb foi preso, espancado, encarcerado e finalmente executado em praça pública na cidade de Tabriz, em 9 de julho de 1850. Cerca de 20.000 de Seus seguidores pereceram em ume série de massacres em toda a Pérsia. Hoje, o majestoso edifício com cúpula dourada que contempla a Baía de Haifa, em Israel, e se ergue em meio a graciosos jardins, é o Sepulcro onde os restos mortais do Báb descansam.

Baha’u’lláh (1817-1892)

Nascido em 1817, Bahá'u'lláh era membro de uma das destacadas famílias nobres da Pérsia-- uma família que podia traçar sua linhagem até as dinastias reinantes do passado imperial da Pérsia, sendo dotada de riqueza e vastas possessões. Pondo de lado a Sua posição na corte e as vantagens que esta Lhe oferecia, Bahá'u'lláh, se tornou conhecido por Sua generosidade e bondade, as quais O tornaram profundamente amado por Seus concidadãos. 
Esta posição privilegiada, contudo, não se manteve por muito tempo após Bahá'u'lláh anunciar Seu apoio à mensagem do Báb. Arrastado pelas ondas de violência desencadeadas sobre os babis apósa execução do Báb, Bahá'u'lláh sofreu não somente a perda de todos os Seus bens terrenos, como foi também sujeitado ao cativeiro, à tortura e a uma série de exílios. O primeiro deles foi para Bagdá, onde, em 1863, anunciou ser Ele próprio Aquele prometido pelo Báb. De Bagdá, Bahá'u'lláh foi desterrado para Constantinopla, Adrianópolis e, finalmente, para `Akká, na Terra Santa, onde desembarcou como prisioneiro em 1868. 
De Adrianópolis e, mais tarde, de `Akká, Bahá'u'lláh enviou uma série de cartas aos governantes do Seu tempo, as quais se encontram entre os documentos mais notáveis da história religiosa. Elas proclamavam a iminente unificação da humanidade e o surgimento de uma civilização mundial. 
Os reis, imperadores e presidentes do século XIX foram convocados a reconciliar as suas divergências, reduzir os seus arsenais e a devotar as suas energias ao estabelecimento da paz universal. 
Bahá'u'lláh faleceu em Bahjí, ao norte de `Akká, e lá descansam os Seus restos mortais. Os Seus ensinamentos, então, já se espalhavam para além dos confins do Oriente Médio, e o Seu Sepulcro é hoje o ponto focal da comunidade mundial que esses ensinamentos trouxeram à existência.

Àbdu’l-Bahá (1884-1921)


Desde a primeira infância,`Abbás Effendi, o filho mais velho de Bahá'u'lláh, compartilhou os sofrimentos e exílios de Seu pai. Ele escolheu para Si próprio o título de `Abdu'l-Bahá, o "servo de Bahá". Bahá'u'lláh designou-O como o único intérprete autorizado dos ensinamentos bahá'ís e o dirigente da Fé após o Seu próprio passamento. Em`Abdu'l-Bahá podia-se ver um perfeito exemplo do modo de vida bahá'í.
Enquanto `Abdu'l-Bahá era ainda um prisioneiro do governo otomano, os primeiros peregrinos bahá'ís do Ocidente desembarcaram em `Akká, em 1898. Após a Sua libertação em 1908, `Abdu'l-Bahá realizou uma série de viagens, as quais, no período de 1911 a 1913, O levaram à Europa e à América. Em todos os lugares por onde passou, Ele proclamou a mensagem de unidade e justiça social de Bahá'u'lláh a congregações religiosas, sociedades pacifistas, membros de sindicatos de trabalhadores, universidades, jornalistas, oficiais do governo e muitas audiências públicas. 
`Abdu'l-Bahá faleceu em 1921, tendo consolidado os alicerces da Fé Bahá'í e ampliado grandemente o seu alcance. O Santuário do Báb, onde Ele se acha sepultado, é um lugar de peregrinação para todos os bahá'ís em visita ao Centro Mundial da Fé Bahá'í.

Este texto pertence a: http://info.bahai.org/portuguese

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